23 de dezembro de 2024

Itaipu deve abrir vertedouro neste fim de semana

Vertedouro aberto: espetáculo das águas está de volta à Itaipu

Depois de mais de seis meses fechado, o vertedouro da Itaipu abriu na madrugada deste domingo (21). Para a alegria dos turistas, o espetáculo das águas deve continuar até quarta-feira (24).O vertimento ocorre quando sobra água usada na produção de energia.

Após 15 meses fechadas, as comportas do vertedouro da usina binacional de Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR), serão reabertas neste final de semana. As visitas turísticas ocorrerão normalmente e o espetáculo das águas poderá ser visto a partir da manhã deste sábado (14). 

Depois de mais de seis meses fechado, o vertedouro da Itaipu abriu na madrugada deste domingo (21). Para a alegria dos turistas, o espetáculo das águas deve continuar até quarta-feira (24).O vertimento ocorre quando sobra água usada na produção de energia.

O vertedouro deve abrir às 6h e permanecer aberto enquanto o cenário atual de geração de energia e de previsão de afluência se mantiver. O objetivo é controlar o nível do reservatório e manter a segurança da barragem. A última abertura ocorreu em 23 de outubro de 2021, para controle do nível do Rio Paraná.

Após o fim da crise hídrica dos anos de 2021 e 2022, houve uma recuperação significativa dos níveis dos principais reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN). No período úmido 2022/2023, eles já superam 60% de armazenamento.

Ao longo de janeiro, chuvas acima da média vêm fazendo com que os níveis dos reservatórios se elevem rapidamente. Em muitas bacias, planos de controle de cheias e vertimento já estão sendo acionados. Nos últimos dias, houve início de vertimento nas usinas do rio Madeira, no complexo Belo Monte, e nas bacias do rio São Francisco e do Rio do Grande. Em breve, espera-se mais vertimento, como na usina de Tucuruí.

“Esse vertimento generalizado indica a presença de excedentes energéticos associados a um crescente montante de geração das fontes eólicas e solares”, explica o superintendente de Operação da Itaipu, José Benedito Mota Júnior.

Neste contexto, hidrelétricas como a Itaipu têm atuado como uma espécie de “bateria”. No caso da binacional, a usina pode entrar rapidamente no sistema, por exemplo, quando as fontes intermitentes não apresentam condições climáticas para a geração.

Foto: Rubens Fraulini/Itaipu Binacional