12 de março de 2025

Robótica transforma aprendizado na rede municipal de Foz do Iguaçu

ROBOTICA - CAPA

Disciplina alia tecnologia, prática e reflexão social para formar estudantes mais preparados para o futuro

As aulas de robótica na rede municipal de ensino de Foz do Iguaçu têm se destacado como uma inovação no processo de aprendizagem. Com uma proposta que une teoria e prática, a disciplina não só atrai o interesse dos alunos, mas também os capacita para enfrentar um futuro cada vez mais tecnológico e dinâmico.
A abordagem envolve desde os fundamentos da eletrônica até discussões sobre o impacto social da tecnologia. O resultado é uma sala de aula que se transforma em um ambiente interativo e estimulante.
“A disciplina é estruturada em eixos que garantem uma formação completa. Os estudantes começam explorando os conceitos básicos de eletrônica”, explica o coordenador de Robótica Educacional, Valmir Bueno.
A primeira etapa, segundo ele, é essencial para que os alunos entendam os princípios que possibilitam a construção de robôs e carrinhos — sejam autônomos ou controlados remotamente. Com atividades práticas, os estudantes montam e programam os dispositivos, desenvolvendo habilidades como raciocínio lógico, criatividade e trabalho em equipe.
“Cada projeto é uma oportunidade para transformar a teoria em prática. Os alunos se veem como verdadeiros inventores”, acrescenta Bueno.
Para Heitor Sanches, aluno do 4º ano da Escola Érico Verissimo, no Jardim São Paulo, a disciplina é a mais esperada da semana. “Acho legal a aula de robótica, e o que mais me interessa é a tecnologia e o que conseguimos fazer em sala. Gosto de tudo que tenha tecnologia”, diz o estudante.

Tecnologia e consciência social
Além da construção de máquinas, as aulas de robótica incluem reflexões sobre o impacto da tecnologia na vida cotidiana. Temas como o uso responsável da internet e das redes sociais são discutidos de forma prática, conectando o aprendizado ao dia a dia dos estudantes.
“Aprendemos muitas coisas, como ter cuidado com o que a gente posta na internet, porque pode ser perigoso”, conta Ana Paula dos Santos Ribeiro, de 10 anos.
A disciplina também introduz os alunos à inteligência artificial, explicando conceitos básicos e mostrando como essa tecnologia já está presente em diversos aspectos da rotina — de assistentes virtuais a recomendações de vídeos e músicas. O objetivo é desmistificar a IA e despertar o interesse pela criação de soluções inovadoras no futuro.

Autonomia e engajamento
Para a diretora de Educação, Aline Bandeira Laufer, o impacto das aulas vai além do aprendizado técnico.
“Esse ambiente de aprendizagem não só atrai os alunos, mas promove um engajamento significativo. A robótica virou um espaço onde a curiosidade é estimulada e a autonomia dos estudantes é valorizada”, afirma.
A adoção da disciplina reflete uma mudança na visão sobre a educação. Em um cenário onde a tecnologia avança rapidamente, desenvolver habilidades digitais e pensamento crítico não é mais uma opção, mas uma necessidade para preparar cidadãos capazes de acompanhar e moldar a sociedade do futuro.
“As aulas de robótica deixaram de ser uma tendência e se consolidaram como uma ferramenta essencial para formar estudantes mais preparados, criativos e conscientes”, conclui Aline.