Polícia Federal desarticula duas organizações criminosas dedicadas ao descaminho de eletrônicos e outros crimes
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (18/11/2025), duas operações distintas — Operação Escolta, conduzida pela Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu/PR, e Operação Resgate Ilícito, sob responsabilidade da Delegacia de Polícia Federal em Cascavel/PR —, ambas com o objetivo de desarticular organizações criminosas transnacionais envolvidas no ingresso irregular de mercadorias estrangeiras no território nacional, além da prática de outros delitos, como lavagem de dinheiro, corrupção e, em um dos casos, tráfico internacional de armas e munições. Embora sejam investigações independentes, com linhas apuratórias distintas e alvos próprios, optou-se, por razões logísticas e semelhança da matéria investigada, pelo cumprimento das medidas cautelares na mesma data.

OPERAÇÃO ESCOLTA – FOZ DO IGUAÇU/PR
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça feira (18/11/2025), a OPERAÇÃO ESCOLTA, destinada ao cumprimento de medidas cautelares contra integrantes de uma organização criminosa transnacional com atuação voltada ao descaminho de aparelhos celulares de alto valor provenientes do Paraguai, bem como à lavagem de dinheiro e, secundariamente, ao tráfico internacional de armas de fogo e munições.
Estão sendo cumpridos 05 mandados de prisão preventiva, 35 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, como a monitoração eletrônica por tornozeleira, bem como o sequestro e bloqueio de bens e valores que totalizam aproximadamente R$ 57 milhões.

As diligências ocorrem simultaneamente em 12 municípios distribuídos em quatro estados da Federação, com a atuação coordenada de diversas equipes da Polícia Federal e apoio da Receita Federal em dois estabelecimentos comerciais.
As investigações, conduzidas entre os anos de 2024 e 2025, constataram que os produtos ingressavam irregularmente no território nacional pela Ponte Internacional da Amizade, em Foz do Iguaçu/PR, utilizando-se de motoqueiros transportando “cotas”, veículos com fundos falsos e rotas fluviais clandestinas no rio Paraná. Após a entrada no país, os eletrônicos eram armazenados em um hotel em Foz do Iguaçu, transferidos para residências situadas em condomínios fechados, e posteriormente remetidos a Curitiba, ao Norte do Paraná e a outros centros consumidores nacionais, em caminhões equipados com compartimentos ocultos.

Ao longo das investigações, foram registradas 16 ocorrências com apreensão de eletrônicos, cujo valor estimado ultrapassa R$ 13 milhões. As investigações também identificaram indícios de que, em menos de um ano, uma única investigada internalizou irregularmente o equivalente a mais de R$ 50 milhões em aparelhos celulares. Também foi constatado que o grupo fazia uso de escoltas para garantir a segurança do transporte dos produtos ilícitos, bem como adoção de métodos de contrainteligência, como equipamentos de raio-X e bloqueadores de sinal (jammers).

O nome da Operação ESCOLTA foi atribuído em razão do modus operandi do grupo criminoso, que realizava o transporte de mercadorias de origem estrangeira, irregularmente importadas do Paraguai, utilizando-se de veículo de segurança, por eles denominado “escolta”, com a função de acompanhar o veículo transportador até o destino final da carga.
Comunicação Social da Polícia Federal em Foz do Iguaçu/PR – CS/PF/Foz
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