22 de dezembro de 2024

Ministério Público pede intervenção no Hospital Municipal de Foz

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A promotoria pública do Paraná através da pessoa do Dr. Luis Marcelo Mafra pediu nesta terça-feira, dia 21 o afastamento do diretor-presidente do Hospital Municipal Padre Germano Lauck e a intervenção administrativa da unidade. Em documento enviado ao prefeito Chico Brasileiro é dado o prazo de 20 dias para resposta.

O promotor afirma que decisão foi levada em conta diante de denúncias feitas por empresas de ortopedia e traumatologia sobre a falta de um ambiente adequado para a execução do serviços médicos prestados. Entre as irregularidades apresentadas estão materiais não esterilizados conforme normas de biosegurança, porta de acesso ao respectivo local danificada a impedir o isolamento total com o corredor e mosca abatida no centro cirúrgico na sala cirúrgica.

Além disso carência de materiais ou, até mesmo em quantitativo insuficiente e/ou qualidade inferior, para a regular vazão das cirurgias devidamente programadas nos mapas cirúrgicos diários, fatos estes retratados pela ausência dos seguintes insumos/equipamentos. Ausência de manutenção adequada dos equipamentos utilizados nos atos cirúrgicos, tais como: perfurador, caixa de haste, fresas, chaves incompatíveis para o tamanho dos parafusos disponíveis, mesa de tração com defeito impedindo o emprego da técnica adequada ao procedimento cirúrgico e materiais que vieram a quebrar durante o ato cirúrgico.

Ausência de refrigeração adequada nos centros cirúrgicos a evitar o suor excessivo da equipe durante o ato, elevando-se os riscos de contaminação do campo cirúrgico. A suspensão de contrato com seis empresas prestadoras de serviço de ortopedia. Recorrentes atrasos nos pagamentos de fornecedores de materiais cirúrgicos hospitalares. Abrupta suspensão dos contratos de ortopedia sem planejamento. Acumulação das funções do diretor-presidente com as de diretor-técnico.

O Ministério Público também anexou fotos que demonstram as condições precárias do local. A Administração Municipal ainda não se manifestou sobre a decisão.