Há alguns anos, o Brasil tem se destacado como uma fonte de conhecimento e experiência na área técnica da canoagem para os países das Américas. Prova disso é a participação brasileira nos Jogos Centro Americanos e Caribe San Salvador 2023, não nas águas, mas marcou presença como equipe técnica, arbitragem e comunicação.
Os profissionais brasileiros têm contribuído significativamente para o crescimento e o aprimoramento da modalidade. No último Mundial, os membros da equipe técnica, formada pelas árbitras Bruna Muassab Fernandes e Christina Beatriz Lentino Vanicek de São Paulo. Os especialistas em cronometragem eletrônica, Daniel Reis e Ricardo Bitencourt do Rio de Janeiro e o assessor de imprensa Fábio Canhete do Paraná, representaram com excelência a Confederação Pan-Americana de Canoagem (COPAC), mostrando ao mundo a qualidade do trabalho desenvolvido no país.
Durante o CAC Games, eles estiveram presentes como árbitros, garantindo a justiça e o cumprimento das regras da competição. Além da comunicação, transmitindo informações precisas e atualizadas sobre o evento e contribuindo para a disseminação da canoagem como um esporte emocionante e acessível.
De acordo com a Bruna, que leva uma bagagem de 20 anos de arbitragem e desde 2009 é árbitra pela Federação Internacional, disse que cada novo campeonato é um aprendizado. “Sempre, buscamos manter o nível e a qualidade dos eventos, desde os campeonatos regionais, estaduais até os Jogos Olímpicos. Nos dá muito prazer em compartilhar essa experiência com países que estão começando a desenvolver a modalidade e vimos que a estrutura em Bonao tem capacidade de atender a eventos internacionais assim como pode se tornar uma ótima alternativa para sediar treinamentos de campo. Ficamos surpresos com os resultados que vimos lá”.
Já o Daniel e Ricardo que atuam como especialistas em cronometragem eletrônica desde 2015, nas modalidades de Canoagem Velocidade, Canoagem Slalom, Canoa Havaiana e Remo Olímpico, disseram que o legado técnico brasileiro se concretizou. “Hoje temos um time técnico muito qualificado, com experiência em grandes eventos. A intenção é criar oportunidades para o aumento do nível técnico da Canoagem nas Américas, fomentando experiências aos organizadores locais durante essas competições”, contou Daniel.
Para a árbitra Christina, o Brasil serve de exemplo para diversos países. “O Brasil tem excelentes profissionais nas diversas áreas da Canoagem, com formação sólida e muito conhecimento. O fato de termos campeonatos nacionais bem organizados há bastante tempo, ajudou na formação de todos. No caso da arbitragem, isto não é diferente, ainda mais com o grande comprometimento de todos, para que os campeonatos aconteçam com sucesso. O que ajuda também é termos profissionais fluentes em espanhol e inglês e é muito prazeroso dividir o nosso conhecimento e nossa experiência com outros, e ajudar na sua formação. E com isso, auxiliar no crescimento da Canoagem”.
O assessor de imprensa, Fábio Canhete, que está à frente na divulgação da Canoagem Brasileira há 10 anos, disse que nos últimos anos, o Brasil teve um grande trabalho de investimento humano, não só dentro da água, mas também fora dela. “Prova disso é o um evento de tamanha magnitude como foram as provas de Canoagem Velocidade no CAC Games, o Brasil se destacou como um parceiro importante na execução do evento. Atuamos na área técnica, arbitragem e também da comunicação. Se tornamos referência e o principal, colaboramos para o crescimento dos nossos países irmãos de toda a América”.
Para o presidente da Confederação Brasileira de Canoagem, Rafael Girotto, o Brasil conta com bons profissionais para desempenhar importantes funções nos campeonatos, com isso, o legado também acaba surgindo nos eventos nacionais. “O trabalho desses profissionais é um reconhecimento do Brasil como referência na gestão de eventos, nossos campeonatos organizados aqui demonstram isso, a eficiência e o padrão internacional que adotamos. Os cinco representantes do Brasil na República Dominicana são uma amostra do que temos de profissionais competentes formados durante anos aqui”, comenta Girotto.
Todo esse reconhecimento é resultado do know-how acumulado ao longo dos anos e da expertise desenvolvida pelos profissionais brasileiros, deixando um legado duradouro para o esporte no continente.