14 de novembro de 2024

Crescimento de Foz do Iguaçu passa pelo sistema de logística e transporte, diz Zé Elias

O crescimento econômico e social de Foz do Iguaçu passa pelo sistema de logística, disse nesta segunda-feira (17) o candidato a prefeito pelo União Brasil, Zé Elias 44, que foi recebido ao lado do vice Leandro Costa para uma conversa com integrantes do Sindicato das Empresas Transportadoras Rodoviárias de Cargas Nacionais e Internacionais (Sindifoz). A afirmação tem como base o fluxo de cargas internacionais do município, que abriga o maior porto seco da América Latina.

O encontro ficou marcado por falas pontuais de Zé Elias, sobre temas como saúde, educação e logística. “A gente precisa de gestão administrativa. E isso acaba atingindo as empresas de diversas formas. Se não existe esse controle, quem sente é a ponta, porque todo o resto está afetado”, disse. Para o candidato, o desenvolvimento de Foz do Iguaçu e a atração de novos investimentos são prejudicados pelos interesses políticos, e não o coletivo.

“A empresa interessada em permanecer em Foz do Iguaçu deveria ser recebida com tapete vermelho. Hoje viramos um balcão de negócios”, afirmou. Zé Elias afirmou acreditar que o modelo em operação no sindicato pode e deve ser aplicado na gestão administrativa, especialmente o canal aberto com Brasília. “Falta unir associações para brigar por Foz, por isso queremos gestão participativa”, comentou.

Falta comunicação
O presidente do Sindifoz, Celso Gallegario, destacou que os avanços do setor poderiam ser maiores se a comunicação com o poder público municipal fosse efetiva. “Mesmo sem essa comunicação, entendemos que podemos fazer com a nossa força”, comentou. Ele aproveitou o encontro para apresentar vídeo sobre um dos maiores movimentos já realizados pelo sindicato, durante as enchentes no Rio Grande do Sul.

Na época, o Sindifoz reuniu 500 toneladas de donativos e enviou 100 carretas em auxílio aos desabrigados pelas chuvas. “Foi uma demonstração de força e organização que poderia ser utilizada em vários momentos”, comentou o candidato a vice-prefeito Leandro Costa.

Celso Gallegario afirmou que sempre apostou na autonomia para garantir o avanço da categoria. Foi ele quem fundou entidades representativas do setor, como a COTRIF e a ATIF, antes de chegar ao sindicato. “O primeiro presidente do sindicato fui eu e, depois de 9 anos, nunca recebemos consulta da gestão municipal e nunca soube onde se encaixaria a maior economia da cidade, que somos nós. Vejo que não somos importantes”, lamentou.

Hoje, o setor conta com participação relevante no país, com representação nas agências reguladoras e fiscalização. A falta de comunicação rendeu, segundo Gallegario, erros em projetos diversos, o último deles a própria Perimetral Leste. “Uma pista simples não dará escoamento suficiente. O local não atende o setor. Nunca fomos consultados. Hoje a cidade não tem um viaduto que atende nosso setor.”

Saúde e logística
Zé Elias abordou, durante o encontro, a necessidade de federalização do hospital municipal e a ampliação dos atendimentos em outras duas unidades das UPAs, sempre ouvindo cada setor. “Em muitos casos, ampliar os horários talvez não seja a solução, às vezes abrir aos sábados pode ser uma alternativa melhor. Mas é a comunidade que precisa dizer, fortalecendo o trabalho das associações de bairro e fazendo a gestão participativa.”

Para o candidato da chapa “A União Faz a Foz”, a criação de incentivos é fundamental para transformar o município na capital administrativa do Mercosul. “Nosso comércio só vai aumentar aqui na fronteira, com o Paraguai e com a Argentina. Precisamos melhorar e ter um setor ágil de alvarás, com canais de comunicação, para que também possamos ir atrás dos investidores e não só esperá-los de braços cruzados.”

Outro incentivo confirmado pelo candidato refere-se à necessidade de atrair a vinda de depósitos de logística para o município. “Para isso, precisamos ter canal aberto e incentivo fiscal. Foz precisa dessa visão, não pode decidir nada de logística sem antes conversar com vocês (Sindifoz).”

O vice Leandro Costa defendeu a criação de um grupo de planejamento e pesquisa para área de logística. “Hoje estamos sem um planejamento a longo prazo.” Leandro também falou sobre a necessidade de atualizar o sistema viário da cidade. “Precisamos fazer algo que seja perene, e que possa ser aproveitado nos próximos anos. Precisamos conhecer o que funciona e o que é um problema em nossa logística”, concluiu.