Com resgates aéreos e barcos, forças do Paraná ajudaram 150 pessoas no Rio Grande do Sul
Os bombeiros militares e os policiais militares do Paraná que estão atuando nas enchentes no Rio Grande do Sul resgataram até o início desta sexta-feira (3) mais de 150 pessoas que estavam ilhadas em função dos alagamentos provocados pela chuva intensa que castiga o estado do Sul desde o início da semana. A equipe, que conta ainda com nove viaturas, seis embarcações e um helicóptero do BPMOA (Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas), tem trabalhado sem parar no apoio aos gaúchos.
“Chegamos nesta quinta-feira pela manhã na cidade de São Sebastião do Caí e imediatamente iniciamos as operações de resgate. Até então os rios ainda estavam subindo, tinha muita gente em cima das casas. Resgatamos 129 pessoas – incluindo idosos, crianças, pessoas com comorbidades – e muitos animais”, explicou o comandante do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST), major Ícaro Gabriel Greinert, que está à frente da força-tarefa paranaense no território vizinho.
Segundo ele, apesar da chuva ainda não ter dado trégua, os rios estabilizaram, parando de subir. Há ainda muitas áreas precisando de auxílio das forças de segurança. “Algumas das nossas equipes estão em São Leopoldo, apoiando o Corpo de Bombeiros daquela cidade, e estamos nos deslocando para a cidade de Triunfo, que está um pouco isolada, sem muito apoio, e devemos concentrar nossa atuação por lá no momento”, complementou o major.
O helicóptero do BPMOA, que chegou na quinta, também está auxiliando nos resgates aéreos, com mais 26 pessoas e dois cães resgatados. Os primeiros grandes resgate foram em Lajeado, a pouco mais de 100 quilômetros de Porto Alegre. Uma das operações foi no telhado de uma casa, com a retirada de uma família inteira que estava isolada. Outras ações similares estão em andamento.
O desastre natural é, segundo o governador gaúcho Eduardo Leite, o pior da história do Rio Grande do Sul. Já foram afetados 235 municípios. Estão desalojadas ou desabrigadas mais de 24 mil pessoas. O número de mortes chegou a 37 e outras 74 pessoas seguem desaparecidas.