Câmara questiona transporte coletivo de Foz
O serviço de transporte público coletivo do município foi mais uma vez o centro do debate na sessão desta terça-feira, 19 de abril, na Câmara de Foz. O assunto foi levantado por um requerimento que cobra diversas informações, tanto a respeito do veículo, quanto da integração e bilhetagem. Outra proposição questionou os créditos no cartão único.
Os questionamentos elencados no primeiro requerimento 447/2022 foram: a qualidade dos veículos e manutenção das frotas; Ano e modelo dos veículos; Cronograma de dias, horários e rotas dos coletivos nos seguintes bairros: Morumbi, Porto Meira, Itaipu C (Vila C) e Três Lagoas; Sobre a lotação dos veículos e quais providências estão sendo tomadas; Sobre os frequentes atrasos das linhas, principalmente no sentido Ponte; Sobre a bilhetagem de recarga nos bairros, bem como se há previsão de volta; Como funciona a integração, principalmente no TTU? Quantos ônibus atualmente estão em circulação? Essa proposição é de autoria dos vereadores: Alex Meyer (PP), Anice Gazzaoui (PL), Edivaldo Alcântara (PTB), Jairo Cardoso (DEM).
O vereador Alex Meyer (PP) pontuou: “Nosso objetivo aqui não é tripudiar, mas é buscar informação para auxiliar a população. Essa Casa não ficou em nenhum momento parada. Foi feita audiência pública, vários assuntos foram debatidos e ainda não melhorou muita coisa. As empresas que colocam seus recursos para seus colaboradores se locomoverem também precisam cobrar”.
Outra proposição Legislativa que tange o tema do transporte foi o requerimento 448/2022, que solicitava informações do Cartão Único, utilizado no transporte coletivo de Foz do Iguaçu pelo Consórcio Sorriso. Essa cobrança partiu do vereador João Morales (DEM), que se posicionou: “houve essa mudança do transporte, mas ainda está ruim. Outra questão é: cadê o dinheiro do cartão único? Mudou a empresa e se eu quiser reaver o dinheiro eu tenho de entrar na justiça? A maioria dos usuários sofreu esse dano. Hoje em dia as coisas estão tão difíceis, estamos saindo de um período pandêmico, de uma dificuldade e aí as pessoas precisam entrar na justiça?”. “A população deveria ter o transporte adequado. O povo não pode ficar à mercê, isso tem de ser resolvido. A população não pode pagar por isso. O trabalhador é a parte mais fraca”, afirmou o vereador Dr. Freitas (PSD).
“Andamos nos bairros e uma das grandes reclamações é essa. São 75 mil usuários. A população está pagando esse preço alto”, pontuou o vereador Edivaldo Alcântara (PTB). O vereador Adnan El Sayed (PSD) ponderou: “A população continua infelizmente com um transporte que não supre as necessidades. Talvez tenha melhorado em algumas linhas, mas muito pouco ainda perto da necessidade. Essa é uma questão bastante legítima”. O vereador Kalito (PSD) pontuou:“a gente não pode simplesmente dar a entender que a prefeitura pegou recursos da população. Com o requerimento teremos o documento certinho e daremos seguimento a nossa função de fiscalizador”.
O presidente da Casa, vereador Ney Patrício (PSD) acrescentou: “é bem possível que o município tenha legitimidade ativa para agir em defesa do povo”. Ambos os requerimentos foram aprovados e serão encaminhados ao Poder Executivo, do qual fica aguardando resposta oficial.
Assessoria / Foto: Visac