Quatro professores dos EUA são feridos em ataque a faca na China
Quatro professores de uma instituição de ensino superior dos Estados Unidos (EUA) que lecionavam numa universidade chinesa foram atacados em um parque público, no nordeste do país, possivelmente com uma faca, informaram autoridades norte-americanas.
O presidente do Cornell College, no estado de Iowa, Jonathan Brand, disse nessa segunda-feira (10) que os professores foram atacados num “incidente grave”, enquanto estavam num parque com um professor da Universidade Beihua, na cidade industrial de Jilin.
“Entramos em contato e estamos ajudando”, acrescentou Brand em comunicado.
O Departamento de Estado dos EUA disse, em nota, que estava ciente dos relatos de um esfaqueamento e acompanhava a situação.
Não é claro, até o momento, qual a extensão dos ferimentos dos professores e se o ataque foi aleatório ou se tinha como alvo estrangeiros.
Os meios de comunicação da China não publicaram qualquer notícia sobre o ataque, enquanto uma hashtag sobre o incidente foi bloqueada nas redes sociais do país.
O Cornell College lançou em 2018 programa em que a Universidade Beihua fornece financiamento para professores norte-americanos viajarem à China para ministrar parte dos cursos de ciências informáticas, matemática e física durante duas semanas.
O ataque ocorreu no momento em que Pequim e Washington procuram reforçar o intercâmbio para ajudar a dissipar tensões sobre o comércio e questões internacionais como Taiwan, o mar do Sul da China e a guerra na Ucrânia.
O líder chinês, Xi Jinping, anunciou um plano para convidar 50 mil jovens norte-americanos para a China nos próximos cinco anos, embora diplomatas chineses digam que um alerta de viagem do Departamento de Estado tenha desencorajado os interessados.
O departamento emitiu alerta de viagem de nível 3 – o segundo mais elevado – para a China continental e apelou aos norte-americanos que “reconsiderarem as viagens” ao país, citando o risco de detenções arbitrárias e proibições de saída.
Algumas universidades norte-americanas suspenderam programas na China devido ao aviso.
No ano passado, a China revisou a lei de combate à espionagem, para incluir a “colaboração com organizações de espionagem e agentes”.
Além das investigações abertas nos últimos meses sobre empresas de consultoria e empresas estrangeiras na China, que suscitaram preocupações entre a indústria e potenciais investidores do exterior, o ministério revisou outra legislação para salvaguardar os segredos de Estado.
O organismo também reforçou os alertas nas redes sociais chinesas para a ameaça representada pelos “espiões estrangeiros”, pedindo ao público que partilhe informações sobre “atividades suspeitas”.
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